As festas de final de ano e a temporada de férias
estão chegando. Se a idéia é viajar com toda a família, o primeiro passo é levar
o carro para uma revisão de rotina. Antes de sair na estrada, é preciso avaliar
as condições do veículo e certificar-se que ele está em bom estado. Manutenção
é sempre sinônimo de economia, uma vez que a prevenção evita incidentes e
dissabores durante a viagem: além de prevenir acidentes, a revisão do carro
também evita multas de trânsito.
O gerente de pós-vendas da concessionária Qualità, José Hercílio Debusto,
explica que, antes de viajar, o estado geral do carro deve ser totalmente
avaliado, inclusive pneus, freios, nível e prazo de validade do óleo, nível de
água do radiador (sistema de arrefecimento) e sistema elétrico. “Estes são os
itens mínimos que devem ser verificados”, diz. Assim como no período de férias
escolares no mês de julho, nesta época do ano a procura por check-up dobra. A
revisão completa normalmente leva um dia e o preço varia de acordo com as peças
que são trocadas.
A orientação da concessionária é de que sejam feitas revisões periódicas nos
veículos, mas isto não certifica que todos os carros estejam em condições de
viajar depois de ter passado por preventiva há alguns meses. “Mesmo estando
dentro do prazo, nós checamos o carro todo para o cliente viajar com
segurança”, explica Carlos Alberto Furlan, gerente de pós-vendas da concessionária
APJ. Ainda que o cliente solicite somente a verificação de alguns itens mais
comuns (como nível de óleo e freios), a concessionária utiliza um check-list e
analisa 20 itens do carro. Segundo Furlan, esta é uma medida de segurança para
o proprietário que recebe a revisão completa e não corre riscos durante a
viagem. No período de férias existe um aumento de 30% na procura pelo serviço.
Os valores variam de acordo com a necessidade de troca das peças. Em geral, a
revisão fica em torno de R$ 250 e R$ 300.
Debusto conta que os proprietários de veículos novos se preocupam mais com a
manutenção e fazem todas as revisões periódicas da garantia, enquanto que os
donos de carros mais velhos são menos rigorosos. Na verdade, deveria ser o
oposto: mais revisões em carros com maior desgaste. “Os motoristas dão uma
atenção mais eficiente quando vão sair para viajar, mas abandonam as revisões”,
aponta.
Lucidalva Cachone Bertolucci
Kian, secretária do Centro Automotivo Kian, informa que a procura por
manutenção preventiva também dobra no período de férias, apesar de ser maior o
número de proprietários que procuram a oficina depois que os veículos
apresentam algum tipo de problema. Lucidalva explica que a revisão deve ser
feita, no máximo, a cada 50 mil quilômetros rodados, mas os proprietários não
procedem desta forma: “As pessoas não têm medo e não fazem prevenção. Hoje [terça-feira]
tenho aqui um carro que rodou 100 mil quilômetros”. O serviço de revisão da
empresa é focado na manutenção da correia dentada, das velas, buzina e lâmpadas
em geral. Os problemas mais comuns identificados pelo centro automotivo têm
relação com velas, correia e filtro de combustível. A troca dos três itens
custa cerca de R$ 200.
Transtornos — O gerente de pós-vendas da concessionária Qualità, José Hercílio
Debusto, salienta que, durante a viagem, a falha em algum dos itens checados na
manutenção preventiva pode causar transtornos ao motorista: “Quem não faz a
revisão, pode ficar parado na estrada e até ser rebocado, ou ainda ser multado
por falta de equipamento de uso obrigatório e más condições de pneus e
lâmpadas”.
A secretária do Centro Kian, Lucidalva Cachone Kian, explica que um item muito
visado pelos policiais de trânsito — e que os motoristas nem sempre se lembram
de verificar — é a lâmpada que fica sobre a placa de identificação do veículo.
“Por isso é importante passar pela revisão”, alerta.
Carlos Alberto Furlan, da APJ, aponta que os problemas ocasionados pela falta
de manutenção preventiva saem bem mais caros para o bolso do consumidor, a
começar pelo pagamento do guincho. Sem a revisão, o veículo corre o risco de
perder os freios ou provocar um acidente por falta de sinalização. Além disso,
a simples falta de óleo no motor e água no radiador podem danificar o motor e
comprometer outras peças.
Os proprietários de automóveis devem avaliar também as condições das palhetas
de borrachas do limpador de pará-brisa, amortecedores, escapamento, embreagem e
itens de segurança — como extintor de incêndio, buzina e cinto de segurança.
Fonte: Site Uol